Depois de desembarcar em Ceuta e sair da zona portuária, o
pensamento foi logo: "onde estão as placas a dizer fronteira/Marrocos??
A ansiedade era mais que muita e no meio de tanto trânsito
elas pareciam nunca mais aparecer. Finalmente chegámos à fronteira onde se pode
observar grande movimentação de pessoas, animais, veículos e tudo o que (não) se possa
prever.
Assim que avagámos o carro veio logo um senhor IDENTIFICADO
MAS NÃO FARDADO, vestido de branco, que nos forneceu os papéis necessários para entrada em Marrocos
e nos "ofereceu" ajuda para o preenchimento dos mesmos, dado que as línguas disponíveis são
francês e o árabe. Inicialmente eu não quis aceitar ajuda dele, queria apenas falar com agentes oficiais, mas a confusão era tanta e a vontade de nos despachar também que levou o Micael a aceitar. Tenho de confessar que sem o senhor possivelmente teríamos levado mais do
triplo do tempo. Além disso ainda chegámos num horário de troca do oficial responsável por esses serviços, tendo que esperar um pouco mais. Assim em pouco mais de meia hora estávamos
despachados. Eu permaneci no carro durante esse período, atenta a todas as situações que se passavam a minha volta (desde brigas, apreensões e coisas semelhantes..) enquanto o Micael acompanhava o senhor de branco em todo o processo, nunca lhe passando os documentos (nossos e do veículo) para a mão. Claro que o senhor quis uma recompensa (em euros obviamente). Demos-lhe 10€ e ele ainda se ofereceu para nos fazer de guia caso fossemos parar em Tétouan, Mas como não era de nosso interesse recusámos.
A ansiedade era tanta que nem nos lembrámos de fazer troca de
dinheiro, e assim que parámos na primeira portagem percebemos que
faltava esse pormenor! Explicámos ao senhor da portagem que não tínhamos dirahms e ele pediu-nos 1€. De seguida, fomos trocar
dinheiro no local mais próximo que seria Tetouán. Depois do câmbio nem
perdermos tempo em Tétouan e arrancámos logo para Chefchaouen.
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